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Primeiras Impressões: Foxygen #3

Nesta seção, analisamos uma banda ou um artista, após ouvi-los pela primeira vez A banda que eu escolhi para essa edição, foi o Foxygen

Foxygen é uma banda americana, formada em 2005 por Jonathan Rado e Sam France. A banda possui 3 álbuns de estúdio – Jurrassic Exxplosion Phillipic (2007), Take the Kids Off The Broadway (2012) e We Are the 21st Century Ambassadors of Peace & Magic (2013) – e 5 EP. Analisei apenas os dois últimos álbuns

O segundo álbum, Take the Kids Off The Broadway (2012), é bastante psicodélico, mas ainda é um álbum fraco; não empolga e chega a ser cansativo. A única boa faixa dele é  a que abre o álbum “Abandon My Toys”

O  terceiro, We Are the 21st Century Ambassadors of Peace & Magic (2013), possui uma fusão muito interessante de indie, rock psicodélico e pop. Por várias vezes, durante o álbum, encontramos aquela espécie de “quebra sonora” – o álbum anda num certo ritmo e, de repente, muda – lembrando bastante o que o Pond, banda australiana de Perth, faz. Os trabalhos acústicos aproximam-se muito do que o Bahamas produziu em seu álbum “Barchords”. O álbum deve agradar bastante aos fãs de Pond, MGMT, Allbrook & Avery e, até mesmo, Tame Impala.

Faixas Destaques

Álbum: We Are the 21st Century Ambassadors of Peace & Magic (2013)

  •  No Destruction
  • On Blue Mountain
  •  Shuggie
  •  We Are the 21st Century Ambassadors of Peace & Magic
  •  Oh No

Álbum: Take the Kids Off The Broadway (2012)

  • Abandon My Toys

Assim, Foxygen é uma boa escolha pra quem está procurando por um som psicodélico, mas com elementos de pop e indie rock na medida certa. Recomendo o download do álbum “We Are the 21st Century Ambassadors of Peace & Magic” (2013).

Download álbuns: We Are the 21st Century Ambassadors of Peace & Magic // Take The Kids Off Broadway // Jurrassic Exxplosion Phillipic

That’s All Folks!

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Música da Semana #2 – Temples – Shelter Song

A minha música da semana é “Shelter Song”, da banda inglesa de rock psicodélico Temples. Uma música que com certeza fará você ter uma viagem pelos anos 60. O som da banda lembra The Zombies. Sem dúvidas, desponta como uma das grandes promessas do rock psicodélico para os próximos anos. A banda também vai lançar um álbum, o “Sun Structures”, no dia 11 de fevereiro de 2014. Entretanto, para nossa alegria, o álbum acabou vazando hackers e você pode fazer download dele clicando aqui

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As melhores músicas de 2013

Antes de começar de fato o post, preciso avisar-lhes uma coisa: essa é uma lista pessoal. E, como toda boa lista pessoal, não quer dizer que seja uma verdade absoluta. Ouvi muitas músicas durante 2013, mas ainda assim, pode passar alguma música batida. De qualquer modo, anotem as dicas da lista e busquem conhecer as músicas. Qualquer opinião contrária ou favorável, “estamos disponíveis 24 horas por dia”

Daft Punk – Get Lucky  (feat. Pharrell Williams)

Qualquer lista com as melhores de 2013 que não tenha uma música sequer do Daft Punk, não tem credibilidade. Que volta sensacional da dupla! O álbum “Random Access Memories” só atesta isso – talvez, o melhor de 2013. E essa música, então? Agradou desde o ouvido mais acostumado com David Guetta que derrubou o pendrive num show até o de quem gosta da banda. Recomendo fortemente essa música.

Justin Timberlake – TKO

Outro artista que voltou com tudo em 2013 foi o Justin Timberlake. Essa música é sensacional, e está presente no, também sensacional, “20/20 Experience“; este álbum é muito bom, ideal para ouvir em qualquer momento.

Arctic Monkeys – Do I Wanna Know?

Que música! Quando eu a ouvi pela primeira vez, esperava que o “AM” fosse ser o álbum do ano. Pra minha frustração, o álbum foi bem abaixo do nível dessa música. Entretanto, não podemos tirar o brilho dessa música. Sensacional, viciante, com um ritmo contagiante.

Beady Eye – Flick of The Finger

Se o Oasis acabou, a banda ainda vive dentro dos nossos corações os irmãos Gallagher ainda não acabaram que poético. O Beady Eye, “projeto paralelo” do Liam Gallagher, lançou no finalzinho do ano, o álbum “BE“. E, Deus do céu, que álbum! Essa música é indispensável para os fãs de Oasis e para os fãs de rock britânico alternativo.

Queens of The Stone Age – My God is The Sun

FAR BEYOND DESERT ROAD. Pelo amor de deus, que música! O QOTSA continua muito bem queimando pneu na estrada com “…Like Clockwork“. O álbum ficou muito bom, e “My God is The Sun” é uma das melhores músicas do álbum e da banda.   Porém, ainda faltou alguma coisa pra poder dizer que esse álbum foi ótimo. No entanto, é um bom álbum pra quem quer conhecer QOTSA.

Blouse – Imperium

AHH tinha que ter uma banda desconhecida, né? calma, é só o começo Esse álbum vai agradar muito os fãs de Shoegaze, Dream Pop e variantes (???). Charlie Hilton, a vocalista, tem uma voz muito agradável, assim como o trabalho instrumental da banda. Deliciem-se com “Imperium

The Strokes – Welcome to Japan

Essa música diz sobre a maior parte do “Comedown Machine“: experimental – desconsiderando o significado musical que o termo “experimental” possui. Não lembra em nada o velho Strokes, contudo, foi uma das faixas que eu mais gostei, justamente por fugir da fórmula de sucesso – presente, por exemplo, em “All The Time”.

Unknown Mortal Orchestra – So Good at Being in Trouble

A música é tão boa quanto o álbum “II“, que foi um dos melhores de 2013. Do começo ao fim, o “II” é cativante, e aventura-se em vários tipos de “humor”. A mescla, ao contrário do que possa parecer, “deu muita liga”.

Lorde – Royals

Antes de ouvi-lá pela primeira vez, pensei que fosse ser mais uma daquelas músicas “pop”. E sim, não tinha nada de novo. Era mais uma daquelas músicas pop; entretanto, foi uma das grandes músicas “pop” de 2013. Royals está presente no também convencional “Pure Heroine

Kanye West – Black Skinhead

O rei da “black music” e do autotune está de volta, no “Yeezus“! Particularmente, sou fã dele. grande foda-se Mais uma vez ele acertou na dose; a música é bem no seu estilo com bastante ritmos excêntricos um ritual por exemplo e um vocal bem trabalhado.

Eminem – Bad Guy

Essa música com certeza é uma das melhores de 2013. Essa faixa é continuação de “Stan” – vale a pena ouvir – e conta com o belíssimo vocal da Sarah Jaffe. E claro, ouçam o “The Marshall Mathers LP2

Pharrell Williams – Happy

Essa música com certeza é pra deixar animado até o maior fã de Radiohead. Ela faz parte da trilha sonora do filme Despicable Me 2. Ah claro, vale a pena conferir esse site onde temos vários clipes da música “Happy”, tocando durante 24 horas.

Robin Thicke – Blurred Lines (feat. T.I. & Pharrell Williams)

Mais uma pra lista dos “hits” de 2013. E como todo bom “hit”, tocou nas rádios, no comércio e até na casa do seu vizinho. Sem dúvidas umas das linhas de baixo mais grudentas de 2013. Além do mais, o clipe dessa música, é um show à parte. Nele vemos as modelos fazendo topless eu gostei muito da Emily Ratajkowski

MGMT – Mystery Disease

Essa música é “toda trabalhada” no psicodelismo; viagem do começo ao fim. Essa música só coroa o excelente álbum “MGMT“, que ainda conta com “Your Life is a Lie” e “Alien Days”.

Arcade Fire – Reflektor

Uma das atrações do Lollapalooza 2014, o Arcade Fire lançou em 2013 o bom álbum “Reflektor“. Os membros da banda cerca de uns 45 fizeram um ótimo trabalho nessa faixa, tornando “Reflektor” a melhor faixa do álbum, e uma das melhores músicas do ano.

Black Sabbath – God Is Dead?

Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e  Brad Wilk (ex Rage Against the Machine) foram responsáveis pelo espetacular “13” – com exceção de Brad Wilk, essa é a formação original do Balck Sabbath. Todo o peso e técnica que consagraram a banda estão sintetizadas nessa faixa. Ótima pedida pra quem gosta de um Heavy Metal clássico ou mesmo de um bom rock n’ roll.

Alice In Chains – The Devil Put Dinosaurs Here

Riffs melancólicos: é a especialidade do AIC. Nessa música, e no álbum “The Devil Put Dinosaurs Hereseria mais fácil colocar “homônimo” essa especialidade fica bem evidente. “Fácil, fácil” uma das melhores músicas do ano.

Franz Ferdinand – Right Action

Essa música, presente no “Right Thoughts, Right Words, Right Action” sem dúvida lembra o início da carreira do Franz Ferdinand, com linhas de baixo acima da média e um clima alegre. Recomendadíssima para quem gosta de indie rock.

Daft Punk –  Instant Crush (feat. Julian Casablancas)

Não adianta: 2013 foi o ano do Daft Punk. A mistura do som do Daft Punk e o vocal do Julian Casablancas casaram muito bem nessa música. E o que dizer daquele interlúdio? Realmente, é uma música incrível do começo ao fim.

Boy & Bear – Southern Sun

Após o bem sucedido “Moonfire”, o Boy & Bear lançou o “Harlequin Dream“. Nessa faixa percebemos a fórmula do sucesso do álbum anterior: melodia e voz, combinando-se de uma forma única. Um detalhe curioso é que o vocalista da banda, o Dave Hosking, tem uma voz que lembra a do Chris Martin (Coldplay). Enfim, excelente música para fãs de Folk, Indie e até mesmo de Dream Pop.

Miles Kane – You’re Gonna Get It

Grande música, indubitavelmente a melhor do álbum, e digna de estar entre as melhores de 2013. Em seu segundo álbum, “Don’t Forget Who You Are“, Miles Kane – também conhecido por trabalhos na banda Little Flames, The Rascals e The Last Shadow Puppets, além de ser amante do Alex Turner nas horas vagas – alcançou um sucesso considerável – apesar de, para mim, musicalmente falando, não superar o “Colour of the Trap”. De qualquer modo, essa faixa também sintetiza bem o atual rock britânico, que é praticamente cópia do Oasis e com certeza agradará aos amantes do gênero

deadmau5 – Suckfest9001

Faixa presente no “We Are Friends. Vol 2” – lançada bem no finalzinho de 2013, pela própria gravadora do deadmau5 a Mau5trap – mostra que o deadmau5 acertou em cheio: Suckfest 9001, apesar do nome cômico, mostra toda a técnica do deadmau5. Vale a pena pra quem é fã dele, assim como para quem gosta de música eletrônica.

Toy – You Won’t Be The Same

Mais uma grande música dessa banda. Em seu novo trabalho, o álbum “Join the Dots“, o Toy continua mostrando ser uma das grandes apostas do Shoegaze. É uma das melhores músicas da banda, ao lado de “Colours Running Out” -contida no primeiro álbum. Acredito que  não irá decepcionar quem gosta de shoegaze e synthpop.

That’s All Folks!

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Imagine Dragons: a revelação do Indie Pop

Foster the People? Que nada! Em 2013 quem está mostrando ter potencial é a banda americana Imagine Dragons. A banda, até então, tinha lançado dois EPs chamados “Imagine Dragons” e “Hell and Silence” que alcançaram um êxito considerável. Logo depois eles lançaram o álbum “Night Visions” – que será usado ao longo desse post pra explicar a qualidade musical da banda. Logo na primeira faixa do álbum temos “Radioactive” e uma prévia noção do quão fantástico será o álbum; essa música apresenta refrão grudento e melodia muito boa. Na sequência vem “Tiptoe” que tem um ritmo legal e emplaca o belo vocal do Dan Reynolds. As faixas “It’s time” – que já fora lançado em 2011 como single –  e “Demons” continuam mantendo a qualidade das duas primeiras músicas. “On Top of the World” apresenta uma passagem mais discreta. “Amsterdam” é uma das mais belas composições do álbum. Todos os instrumentos harmonizam de forma única com o vocal. “Hear Me” é uma das mais “rock” do álbum onde se sobressaem a bateria e o baixo. “Every Night” retoma de forma eficaz o pop presente na maioria do álbum. “Bleeding Out” é outra faixa de extremo poder viciante, assim como “Nothing to Say”. “Rocks” me pareceu a faixa mais fraca do álbum, por  ser muito normal perto das outras. “Underdog” e “Working Man” trabalham bem o aspecto eletrônico da banda. E por fim, temos “Fallen” que encerra o álbum quase como um hino. Em suma, ótima banda que sabe usar e abusar do indie pop e, sem dúvidas, é uma ótima escolha para você que está querendo conhecer uma banda nova e que tende a ficar famosa.

Melhores faixas do álbum:

Radioactive

Hear Me

Amsterdam

Demons

Baixe o álbum “Night Visions” clicando aqui

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Strokes lança “All The Time” e resgata o “Old Strokes”

Após o insucesso de “One Way Trigger”, o The Strokes disponibilizou no dia 13 de fevereiro seu segundo single – ou primeiro oficial como eles mesmo disseram – “All The Time” para audição gratuita na página oficial da banda no Soundcloud. A expectativa era saber qual guinada o Strokes levaria, ficando um certo suspense se eles iriam continuar algo parecido com “One Way Trigger” ou se inovariam. Depois de ouvir alguns segundos da música, percebe-se com facilidade que o Strokes não continuou com a levada da música anterior; “All The Time” ficou um meio termo entre os sons que eles fizeram no “Room On Fire” e “Is This It” e, indubitavelmente, agradou tanto a crítica quanto os fãs. Pode-se dizer que o velho Strokes está de volta! Os destaques da música são o riff cativante do refrão, a linha de baixo e o solo. O Strokes me animou novamente, e a esperança é que o novo álbum seja um dos melhores do ano. Ouçam o som:

p.s.: Um detalhe que poucos devem ter percebido é que “All The Time” é interligada em “One Way Trigger” o que quer dizer que eles agora são indie rock progressivo

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Sessão dis-COVER: Still Life #2

Still Life” é uma das melhores músicas do The Horrors, presente no fantástico “Skying”. Quem ainda não ouviu esse álbum, está perdendo tempo. E então uma banda de indie chamada We Have Band fez um cover de “Still Life” em seu álbum “Ternion”. Alguns covers sabem bem reinventar uma música, todavia, não ocorreu isso nesse som. O ritmo da música foi levada para um “eletronicozinho” sem vergonha. O refrão desanima bastante e os “toques” então… Qualquer fã de The Horrors terá um certo desconforto ao ouvir este cover. A música me desagradou bastante, apesar do We Have Band ser uma banda boa. Ouçam o som, e depois deixem um comentário

That’s all Folks

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The Hype Machine: o que é?

De forma bastante objetiva, é um site que reúne as músicas mais comentadas em blogs musicais e as disponibiliza para serem ouvidas gratuitamente. Para quem tem conta no site, ainda há a possibilidade de scrobblar – que é o armazenamento das faixas ouvidas à biblioteca da last.fm.

>Como funciona a seleção de blogs?

Após um “sério processo”, o hype machine seleciona os blogs que falem sobre música. Não são quaisquer blogs. Eles não podem parecer “forçados” ou como eles também dizem, citando Bukowski, “se isso não explodir de você, apesar de tudo, não o faça”. Ou seja, eles analisarão se um blog musical é ou não forçado. O HM também preza por blogs que acrescentem algo ao universo Hype Machine – entendam como quiser aqui. Eles não aceitam blogs de gravadoras, empresas, blogs com fotos de festa e nem mix de djs. Como vocês perceberam, não é fácil ser aprovado pelos padrões de qualidade Hype Machine.

>Posso fazer download pelo Hype Machine?

Não. Todavia, o site disponibiliza ao usuário a possibilidade de comprar a música através do Amazon ou iTunes Music Store

>Zeitgeist (Saúde!)

É um termo alemão que quer dizer espírito da época. Foi citado por vários românticos, mas ficou pop mesmo com Hegel. Para o Hype Machine, o zeitgeist é como se fosse um ranking musical. Como todo ranking musical aponta as tendências, o zeitgeist do hype machine, faz o mesmo, apontando as “bandas do momento”.

>As “bandas do momento”, geralmente, são bandas de rock?

Geralmente são bandas de indie rock. As mais underground, claro. Mas não é difícil achar, no entanto, bandas “mainstream”

>Minha banda pode aparecer no Hype Machine?

Não e sim. Não aparece diretamente, mas indiretamente através de blogs. Segundo o Hype Machine, o melhor método de fazer sua banda aparecer lá, é a divulgando em blogs que falem sobre o gênero que sua banda toca pois assim, aumenta a chance do dono do blog gostar da sua música, e então, por “livre e espontânea vontade”, divulgá-la.

Obviamente tem alguns outros detalhes que poderiam ser comentados nesse post, mas o essencial foi comentado.

 

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Análises: Foals – Holy Fire

Imagem

O Foals é um dos maiores exemplos da música atual de quanto uma banda pode evoluir seu som sem desagradar seus fãs. Essa evolução, que já era nítida no segundo álbum (Total Life Forever, 2010) fica mais nítida ainda em Holy Fire, novo trabalho da banda ainda a ser lançado.

A diferença já é notada no primeiro single que foi solto pela banda ainda no ano passado, Inhaler. Por volta do primeiro minuto de música, a banda entra numa ponte de suas características guitarras em reverb, explodindo em um refrão que encaixaria perfeitamente em algo que o Rage Against the Machine faria, saindo da zona do indie pop onde a banda sempre pertenceu. Mas o som pop volta logo na faixa seguinte, My Number. Pegajosa tanto pelo backing vocal quanto pelo refrão, talvez seja o single mais pop da carreira da banda. O álbum prossegue alternando entre músicas dançantes e melancólicas, marcadas pelo sempre ótimo vocal de Yannis Philippakis, principalmente nas belas Late Night, que lembra um pouco Spanish Sahara, Stepson e Moon, essa última que fecha o álbum com maestria em sua atmosfera triste.

Mas as faixas que mais merecem destaque são Out Of The Woods e Providence. Out Of The Woods também é um dos momentos mais pop da banda, com um ar bem anos 80, é outra canção pegajosa com uma linha de baixo que prende no primeiro segundo, além da percussão cada vez mais presente, que também é algo novo na banda. Providence é a melhor música do álbum. Essa e Milk & Black Spiders são as únicas que mostram algum resquício das influências de math rock do começo da banda. A música estoura depois da introdução vocal, com uma bateria sólida e um riff pesado como as guitarras de Inhaler. Pouco antes do segundo minuto a música entra em um crescendo que é um dos melhores momentos da carreira da banda, e explode em um som pesado e dançante que a banda só alcançou em Hummer, primeiro single da carreira. Melhor música do álbum, uma das melhores da banda.

Percebe-se que o Foals de Antidotes está morto, a banda se direciona cada vez mais do dance-punk para o pop, e do math rock para o post rock, pois como Yannis disse em entrevista à NME, “o indie disco está morto e enterrado com uma corrente de alho em volta do pescoço”. Mas, apesar de toda a mudança, o Foals soube manter sua essência, com um estilo de composição que lembra os melhores momentos do Radiohead, e que continua cativando os fãs com canções cada vez mais bem produzidas e com a excelente qualidade que a banda sempre teve.

Holy Fire será lançado no Reino Unido em 11 de fevereiro, pela Trangressive Records.

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Strokes lança nova música e uma incerteza: o que esperar do novo álbum?

Após o “Angles”, os fãs de Strokes esperavam ansiosamente por um novo trabalho. Eis que o trabalho saiu. Eis que a decepção veio com ele. O Strokes tentou inovar em seu som, no entanto, a mudança não soou bem; a adição de toques à A-Ha e um vocal ora mais sussurrado, ora mais “normal”, ficou estranha e desanimou até o mais empolgado ouvinte. É claro que eu não esperava uma reedição do Is This It, mas, francamente, o som é muito abaixo da média. Se você comparar “One Way Trigger” com “Machu Pichu” – que  também trouxe um som diferente ao Strokes – fica claro como a nova música é fraca. A esperança é que, no novo álbum, “One Way Trigger” e suas peculiaridades sonoras sejam apenas coadjuvantes.

download gratuito da música: http://smarturl.it/strokes?IQid=yt

 

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Primeiras Impressões – Lana Del Rey

Neste quadro, nós daqui do sincretizar mostramos o que achamos sobre determinada banda ou artista, ouvindo-os pela primeira vez.

Pensei muito sobre qual banda/artista eu iria escrever. E então resolvi escolher a artista que fez um sucesso bastante considerável em 2012. Sim, estou falando de, nada mais, nada menos que Lana Del Rey. A cantora, simplesmente, ofuscou o brilho de Lady Gaga, Cher e Rihanna até então idolatradas pela crítica – seja pela música ou pelas excentricidades.

Então baixei 2 álbuns dela o “Lana Del Ray a.k.a. Lizzy Grant” e o “Born To Die”. Ouvi cronologicamente e achei o primeiro álbum bastante normal. Apenas 2 faixas merecem destaque e são “Kill Kill” e “Jump”, ambas bastante boas e com um experimentalismo legal. O segundo álbum “Born To Die” resgata de forma bastante eficaz os elementos experimentais de “Kill Kill” e “Jump”. O single “Video Games” é um dos destaques desse álbum; uma música bastante melancólica analisando, apenas, o lado melódico. “Dark Paradise” e “Radio” pareceram bastante pop, mas cumpriram bem esse papel. Em “Million Dollar Man” a Lana mostra um grande controle de voz – talvez a melhor faixa nesse álbum.

Por conseguinte, Lana Del Rey é uma artista que merece o tal sucesso. Mostrou ter uma boa voz que sabe ora ser impactante, ora ser melancólica. No entanto, acho inválido a caracterizarem como Indie. Indie Pop? Talvez… Chamber Pop é mais aceitável.

Faixas destaques
Álbum “Lana Del Ray a.k.a. Lizzy Grant”

– Kill Kill

– Jump

Álbum: “Born To Die”

– Video Games

– Million Dollar Man

– Dark Paradise

– Radio

 

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